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Codependência: adoecimento da família

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Codependência: adoecimento da família

Sabe-se que um ambiente familiar desfavorável pode provocar conflitos psicológicos, como a dependência química e a codependência.

Este último termo não é científico, porém descreve muito bem um fenômeno verdadeiramente observado, que é o adoecimento da família no acompanhamento do dependente químico.

Não é tarefa fácil lidar com problemas familiares corriqueiros e com a dependência química de um membro familiar, pois naturalmente, a família não foi preparada para tal desafio e, na maioria das vezes, desconhecesse o significado dessa síndrome e de suas nuances.

 

Codependência

A codependência se instala quando um ou mais membros da família abdicam de seus próprios objetivos e desejos para se dedicar, cada vez mais, ao cuidado do dependente químico.

Em outras palavras, é despender grande parte de suas energias àquele indivíduo mais necessitado, negligenciando todos os outros membros da família.

Isso quer dizer que o codependente faz mais do que deveria e que o ajudado recebe mais do que poderia receber.

Nesse quadro, há piora da qualidade do sistema familiar ao longo do tempo, prejudicando o dependente químico gradativamente porque não o permite ser autossuficiente nos seus próprios papéis sociais.

Pode-se entender como natural a ação de dar mais atenção para a pessoa adoecida do que à saudável, no entanto, não se pode extrapolar os próprios limites para assistir o outro e nem atender ademais às reais necessidades dele.

 

Exemplificando a relação de codependência

Uma filha dependente química aborda sua mãe codependente para pedir dinheiro, argumentando, por exemplo, que vai comer um lanche com os amigos.

A garota vai para o compromisso, mas volta muito mal no dia seguinte. Mesmo essa situação já ter se repetido algumas vezes, a mãe não nega um novo pedido da filha.

Essa filha tem 25 anos de idade, não concluiu etapas importantes dos seus estudos e não trabalha, então depende completamente das finanças da família. Além disso, ela não colabora com serviços domésticos, nem com os cuidados do seu próprio quarto.

É muito comum, que ela não coopere com as necessidades da casa e da família por apenas estar adoecida, mas porque nunca foi devidamente convocada a colaborar com a família. 

Essas características são recorrentes dentre os dependentes químicos em situações de codependência.

 

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Particularidades da codependência

Uma das particularidades da codependência é que mesmo a garota não cooperando com as necessidades da casa, da família e nem consigo própria, sua mãe tem dificuldade de dizer não, seja por dó e/ou medo.

Aliás, muitos codependentes não tomam alguma atitude, ou seja, não colocam regras e limites de convívio em suas próprias casas e não cobram mudanças de atitudes do dependente químico por terem medo que o quadro da pessoa se agrave.

Isso ocorre porque, muitas vezes, os familiares pensam que ela se revoltará e suas ações piorarão.

Diante disso, é importante destacarmos que se nada for feito por parte dos familiares responsáveis, a probabilidade da piora do quadro aumenta.

Por isso, mudanças de posturas são necessárias e a orientação de um especialista é muito bem-vinda.

 

Em quadros graves

Quando estamos diante de um quadro grave de dependência química de um adulto, ou seja, um tratamento com internação em unidade médica, geralmente, há codependentes na família.

Nessa situação, um exemplo de codependência é quando um pai não suporta a ideia de distanciar-se do filho por alguns meses. Diante disso, é válido perguntarmos: como esse filho, que já é um adulto, conseguirá superar sua própria síndrome e, ao mesmo tempo, amadurecer e evoluir?

 

O amadurecimento depende de todos

Isso dependerá tanto dos seus próprios desejos e buscas, como da vontade dos outros familiares de evoluir e promover mudanças positivas nessa relação.

A começar por compreenderem os pormenores dessa síndrome e do que é necessário para a recuperação, trabalharem seus sentimentos em relação à dependência química do ente querido e conscientizarem-se do específico papel familiar nessa recuperação.

 

Mudança de postura

Familiares e dependentes químicos precisam somar forças e buscar mudanças de posturas. 

Nesse momento, a orientação de um especialista é muito bem-vinda para elaboração de renovadas estratégias para o bom funcionamento das relações familiares.

 

Auxílio profissional

O profissional irá ajudá-los a identificar quais os sintomas da codependência presentes, especificamente, em cada seio familiar para, primeiro, auxiliar na conquista de conscientização de cada indivíduo para o quadro da dependência química e, consequentemente, criação da possibilidade de mudança de diretrizes em direção a um novo projeto de vida familiar e individual.

Quer conversar sobre o assunto? Agende uma consulta!

 

Clínica Marcelo Parazzi

A Clínica Marcelo Parazzi pode ajudar se você ou algum familiar tem sofrido com a codependência.

Nossa abordagem combina Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), por meio de tratamentos tradicionais com psiquiatras, psicólogos e psicanalistas, e terapias complementares que comprovadamente auxiliam nos resultados do tratamento.

Oferecemos Terapia à Distância para pessoas que residem fora do país. Agende agora uma consulta e dê o primeiro passo para a recuperação.

 

*Este conteúdo fio publicado em abril de 2016 e atualizado em novembro de 2023.

Teste - Saiba se você ou seu familiar é um dependente químico

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