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Em caso de suspeita de crise de Burnout, o que o trabalhador deve fazer?

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Em caso de suspeita de crise de Burnout, o que o trabalhador deve fazer?

Ultimamente, a Síndrome de Burnout vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões sobre saúde mental.

Relacionada diretamente a ambientes de trabalho que adoecem pessoas, a alta crescente no número de diagnósticos desse transtorno revela o quanto ainda se tem a aprender a respeito de limites quanto ao que se julga saudável ou tolerável no ambiente de trabalho.

 

O que fazer em caso de suspeita de crise de Burnout?

Especialistas apontam que, em caso de que algum empregado esteja sob suspeita de crise de Burnout, o correto a ser feito é que o empregador emita uma CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho).

Uma vez diagnosticado com Burnout, a melhor providência é afastar o colaborador de seu local de trabalho e, em seguida, melhorar suas condições de rotina e ambiente de trabalho.

 

Comprovação com laudo médico

No entanto, apesar de bastante comum na atualidade, não é todo cansaço que pode ser classificado como crise de Burnout.

A comprovação dessa condição muitas vezes envolve a emissão de laudo médico, além de perícias e testemunhas, e é preciso ter consciência de que a empresa pode sofrer penalidades, sendo responsabilizada nas esferas material ou moral, no sentido de oferecer o tratamento e uma possível indenização pelos danos causados.

 

Conscientização de empregadores é fundamental

Prazos curtos demais, metas muito acima do realizável, cobranças, falta de respeito e sobrecarga de atividades. Essas são as principais e mais clássicas características de um ambiente tóxico de trabalho.

É preciso conscientizar, em especial os empregadores, de que pessoas felizes e mentalmente saudáveis são muito mais produtivas e alcançam mais facilmente melhores resultados. Ou seja, ao oferecer condições saudáveis e humanas de trabalho, todos saem ganhando.

 

Espaços salubres e humanizados de trabalho

Imagine uma empresa que precisa economizar e opta por reduzir os membros de sua equipe, mas não reduz as demandas de trabalho. Em algum momento, pode ser que, pela sobrecarga contínua de trabalho, essa equipe sofra uma pane generalizada, e a empresa obtenha precisamente o efeito reverso. Ou seja, acabe tendo que contratar mais gente, para suprir até mesmo as demandas iniciais da equipe que adoeceu pelo excesso de atividades.

Oportunizar espaços de trabalho humanizados, salubres mental e fisicamente, deveria ser uma das prioridades das empresas. Na maioria das vezes, basta compatibilizar o número de pessoal às demandas de trabalho e respeitar devidamente os momentos de descanso do trabalhador.

Evitar ligações fora do expediente, promover um clima de respeito e cuidado com a saúde do trabalhador é mais do que ética. Trata-se de um investimento que, de fato, é capaz de minimizar o absenteísmo, ao mesmo tempo que amplia consideravelmente os níveis de produtividade.

 

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Oportunidades para diálogos

Algumas empresas chegam a oferecer a seus colaboradores salas de massagens, sessões de mindfulness e até mesas de pingue-pongue. A ideia é ótima, contudo, há de se ter um cuidado, pois um ambiente corporativo saudável não se resume a divertir-se e relaxar no trabalho.

O equilíbrio se instala quando se consegue dialogar, discordar, abordar abertamente problemas e aprender com os acertos e erros, e o ambiente saudável se caracteriza quando tudo isso ocorre precisamente no lugar em que se trabalha.

 

Avaliação dos níveis de satisfação

Medidas que avaliam os níveis de satisfação do trabalhador, levando em consideração o ambiente, as demandas e a compulsão por trabalho, bem como o relacionamento com os colegas e com os líderes são ótimas ferramentas de controle das condições de salubridade laboral de qualquer equipe, e podem ajudar a tomar decisões mais acertadas, no sentido de prevenir casos de crise de Burnout entre os colaboradores.

Cabe ressaltar que o Burnout já é uma preocupação real e que, com base nisso, foram criados aplicativos, livros instrutivos, grupos de apoio e até mesmo cursos sobre o assunto.

Pode parecer exagero, mas é uma preocupação perfeitamente justificável, pois quem sofre de Burnout não sofre somente dentro da empresa. Quando um indivíduo passa por uma crise de Burnout, seu esgotamento é tão profundo que ele pode simplesmente evoluir para quadros depressivos, e não ter mais ânimo para nada, nem mesmo em ambientes que não se relacionam ao trabalho.

 

Profissões com mais diagnósticos de crise de Burnout

As profissões que mais apresentam diagnósticos de Burnout atualmente são as que envolvem lidar com atendimento ao público, professores e profissionais de saúde e segurança pública.

E os sintomas iniciais são quase sempre os mesmos: dificuldade de se concentrar, alterações de humor, falta de motivação e até dores de cabeça.

Vale lembrar que não se trata de julgar se está na profissão certa ou errada, e sim de verificar se as condições nas quais desempenha essa função estão adequadas. É preciso ter sempre em mente que o trabalho pode até causar cansaço, mas nunca deve ser a causa de doenças.

 

Prevenção e cuidados

Por se tratar de circunstâncias relacionadas ao ambiente e às condições de trabalho, infelizmente ainda não se pode dizer que haja uma cura para o Burnout. Há a prevenção e o cuidado de manter a atenção aos excessos, para reduzi-los enquanto é tempo.

A prevenção pode envolver manter um hobbie, fazer descansos e pausas programadas, meditação, entre outros. Autocuidado, respeito e conhecimento dos próprios limites.

 

O que diz a lei

Por fim, a lei vigente regulamenta que a pessoa diagnosticada com Burnout tem direito a licença médica, devidamente remunerada, de até 15 dias, sendo que, em caso de necessidade, pode ser estendida por mais tempo – porém sob cobertura do INSS.

Além disso, a lei prevê que o indivíduo não pode ser demitido sem justa causa pelo prazo de um ano após a alta.

 

Burnout tem tratamento

Atualmente, os setores de saúde fazem a sua parte dando treinamentos a médicos e psicólogos, para que estejam devidamente preparados para lidarem com casos de Burnout em diversas frentes, como ambientes corporativos, consultórios particulares ou mesmo nos postos de atendimento vinculados ao SUS.

A tecnologia também vem sendo uma grande aliada, pois já há inúmeros aplicativos de saúde mental cujo objetivo varia de oferecer consultas virtuais, sessões de terapia e até seminários de bem-estar corporativo.

Entre as opções para iniciar a reversão desse quadro, estão:

 

Psicoterapia  

Iniciar a psicoterapia é essencial para que o indivíduo entenda e comece a superar os desafios, promovendo mudanças na própria vida.

 

Medicamentos 

Quando necessário, o médico pode recomendar e prescrever antidepressivos ou ansiolíticos, com a finalidade de ajudar o paciente a sair de estágios mais difíceis de Burnout.

A depender de cada caso, o uso desses medicamentos pode ser provisório ou mais duradouro.

 

Mudança organizacional 

O primeiro passo é afastar o trabalhador daquilo que o adoeceu (neste caso, o próprio ambiente de trabalho). Mas esse não deve ser o único ponto, pois descobrir as causas do adoecimento é tão ou mais importante do que o próprio tratamento em si.

Cabe também ao empregador verificar quais fatores podem ter levado o colaborador a essa condição desgastante e, se não for possível melhorar o ambiente, cogitar trocá-lo de função, horário ou mesmo de setor.

 

Estilo de vida 

Uma mudança de estilo de vida precisa acompanhar toda essa evolução, garantindo que cada momento tenha seu lugar na rotina.

Destinar tempo a hobbies, lazer, descanso, família e metas pessoais pode ser uma decisão bastante sábia, pois equilibra saudavelmente o tempo entre o que é necessário e o que é prazeroso, sem que o indivíduo precise optar entre viver para trabalhar, ou trabalhar para viver.

 

Quer conversar sobre o assunto? Agende uma consulta!

 

Clínica Marcelo Parazzi

Se você ou algum familiar tem sofrido com suspeita de crise de Burnout, nossa clínica pode ajudar.

Além de se fundamentar na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e oferecer todo o tratamento tradicional por meio de psiquiatras, psicólogos e psicanalistas para tratar ansiedade, depressão e outros transtornos, a Clínica Marcelo Parazzi também dispõe de Terapia Holística, que desenvolve estratégias terapêuticas como Reiki, Yoga, Meditação, Constelação Familiar e Mindfulness (Consciência plena), para auxiliar no alcance de melhores resultados nos tratamentos dos pacientes, que são, comprovadamente, grandes aliados na recuperação desses indivíduos.

Estamos à disposição para auxiliar com a Terapia à Distância, realizando atendimento inclusive para pessoas que residem fora do país.

Agende sua primeira consulta.

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