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Qual a diferença entre estresse, Burnout e depressão?

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Qual a diferença entre estresse, Burnout e depressão?

Entre os grandes males da atualidade estão o estresse, a depressão e mais recentemente o Burnout.

Com sintomas semelhantes, o que diferencia essas três condições são as circunstâncias específicas que as caracterizam.

Por isso, são classificadas e tratadas de maneiras distintas por entidades como a OMS (Organização Mundial de Saúde), órgão mundialmente conhecido, responsável pela identificação, registro e reconhecimento de quaisquer patologias.

Segundo a OMS, a depressão é classificada como uma doença psiquiátrica crônica, enquanto o estresse pode ser apenas a resposta corporal a determinadas circunstâncias do cotidiano, sejam elas positivas ou negativas. Já o Burnout não é reconhecido oficialmente como uma condição clínica, e sim como uma síndrome diretamente relacionada ao trabalho.

Diferença entre estresse, Burnout e depressão

Para entender melhor a diferença entre estresse, Burnout e depressão, é preciso aprofundar um pouco o conhecimento sobre as características de cada um desses problemas, bem como saber seus sintomas e o tratamento mais adequado.

O que é Burnout

Burnout é uma síndrome que possui relação direta com o trabalho. É um transtorno que vai se instalando aos poucos, conforme vão ocorrendo problemas entre o indivíduo e sua ocupação.

A situação tende a ser caracterizada quando se detecta a incidência constante de situações prolongadas de estresse relacionado ao ambiente de trabalho.

Entre as causas mais comuns desse transtorno estão o cansaço, carga excessiva de trabalho, a falta de reconhecimento por parte dos superiores, ou mesmo um cansaço extremo.

É sempre bom lembrar que o Burnout é um transtorno que pode ser desencadeado por condições psicologicamente insalubres, como, por exemplo, ter pouca ou nenhuma autonomia para tomar decisões, injustiças ou conflitos de valor no ambiente de trabalho e até excesso de responsabilidades, em especial quando há prazos curtíssimos para trabalhos demasiadamente extensos.

Pesquisas recentes revelam que a maior parte dos brasileiros apresentam sequelas de algum nível de Burnout e que, entre estes, cerca de 30% realmente desenvolvem efetivamente o transtorno.

Sinais similares do Burnout em relação ao estresse e à depressão

Os sinais mais comuns de Burnout costumam ser muito similares aos que caracterizam o estresse e a depressão.

Por isso, ao apresentar episódios de irritabilidade, cansaço extremo e alterações repentinas no humor, a maior parte das pessoas simplesmente associa esses sintomas a ansiedade e depressão, fazendo com que o correto diagnóstico de Burnout seja sempre postergado.

Alguns dos sintomas característicos e que apresentam diferença entre estresse, Burnout e depressão é que o Burnout, além do fato de ser ligado ao trabalho, podem envolver alterações da frequência cardíaca, insônia, dificuldades de concentração, alterações de apetite, dores de cabeça frequentes, além de cansaço físico e mental.

Embora seja comumente confundida com episódios e tendências depressivas, é importante lembrar que não se pode dissociar totalmente a depressão do Burnout uma vez que, mesmo sendo condições diferentes, o Burnout, quando não identificado ou devidamente tratado, pode resultar em quadros de depressão profunda.

Tal quadro nos leva à conclusão de que, em ambos os casos, é necessário buscar ajuda de profissionais capacitados, já desde as primeiras manifestações de sintomas.

Sintomas que diferenciam a Síndrome de Burnout

Os principais elementos que diferenciam o Burnout de outras condições e patologias são basicamente:

Exaustão

É uma condição de cansaço extremo e constante, advinda da sensação contínua de estar extrapolando os próprios limites, sem sentir que tem os recursos necessários para lidar com essas demandas.

Quando o quadro se instala, nem mesmo afastamentos como licenças ou férias são suficientes para que o indivíduo consiga resolver a situação.

Ceticismo

Aquilo que inicia como uma sensação de não acreditar que alcançará algum resultado, pode se tornar uma reação de negatividade constante mediante à mínima dificuldade, podendo ainda se reverter em desinteresse completo ou falta de preocupação com os resultados.

É como se houvesse uma barreira, uma autoproteção que pode inclusive ser agressiva, até mesmo quando direcionada a pessoas próximas como familiares e amigos.

Ineficácia

A falta de reconhecimento do esforço empregado pode acarretar a sensação de impotência ou de incompetência, como se o indivíduo fosse sempre completamente desqualificado para desempenhar suas funções e, não importa o que ele realize, sempre se sentirá improdutivo e pouco reconhecido por seus superiores.

Dessas circunstâncias surgem dois elementos opostos: o absenteísmo (ou seja, quando o indivíduo simplesmente falta ao trabalho) e o “presenteísmo” (um termo novo que designa a pessoa que até vai trabalhar, mas sempre se apresenta com a mente completamente distante do trabalho que desempenha – ou deveria desempenhar).

Tratamento do Burnout

Por ser um transtorno de ordem psicológica, o Burnout demanda acompanhamento de um psicólogo e tratamento psiquiátrico.

A propósito, são esses mesmos profissionais de saúde os responsáveis pelo correto diagnóstico dessa condição, partindo de uma análise clínica e avaliando quais os melhores tratamentos, respeitando as peculiaridades de cada caso.

Embora a psicoterapia seja um dos tratamentos mais comuns para essas condições, o psiquiatra pode inclusive prescrever algum antidepressivo ou ansiolítico, com a finalidade de ajudar o tratamento comportamental.

Contudo, boa parte do tratamento também envolve a mudança de condições que geram a exaustão que causa esse quadro clínico.

Outro ponto importante é a recomendação da prática regular de exercícios físicos e o desenvolvimento de atividades prazerosas como hobbies e outras formas de lazer, como passar um tempo com a família ou fazer passeios ao ar livre, por exemplo.

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O que é estresse

Diferentemente do Burnout e da depressão, o estresse é uma reação natural do corpo às diversas situações cotidianas que envolvem certo esforço emocional. Bem por isso, está relacionado a indivíduos de qualquer faixa etária.

O quadro de estresse é desencadeado a partir de um estímulo corporal que chega ao hipotálamo e é conduzido a uma glândula que produz hormônios, que serão conduzidos até as suprarrenais, onde são produzidos a adrenalina e o cortisol.

Conhecido como o hormônio do estresse, o cortisol é uma substância imprescindível à manutenção da sobrevivência do ser humano. O problema é quando a produção desse hormônio ocorre de forma desordenada ou exagerada, uma vez que, diferentemente da adrenalina – que gera reações e se extingue – o cortisol permanece no organismo, podendo causar problemas como inflamações que geram respostas em várias partes do corpo, como o cérebro, intestinos e células de gordura, por exemplo.

É importante destacar que a liberação de cortisol não se restringe a eventos negativos da vida. Porém, em casos de liberação de hormônios em situações positivas, há um estímulo do indivíduo, enquanto nas situações negativas ocorrem efeitos emocionais danosos à saúde.

Fatores que geram o estresse

Os principais elementos geradores de estresse podem envolver excesso de responsabilidades, relacionamentos tóxicos, divórcio, dificuldades no trabalho ou situações de desemprego, dificuldades financeiras, conflitos familiares ou problemas de saúde na família.

Uma pesquisa realizada pelo pelo Instituto de Psicologia e Controle do Stress (IPCS) com 2.195 brasileiros revelam que mais de 34% demonstram níveis de estresse excessivo. além disso, em alguns casos, o estresse pode ter ligação ou ser causa do desenvolvimento de doenças dos sistemas nervoso ou digestivo.

Outro ponto importante a ser esclarecido é que o estresse pode ser uma simples e natural reação do organismo, e nem sempre ocasiona algum transtorno. No entanto, quando se trata de quadros intensos e prolongados, pode caracterizar o surgimento de transtornos psiquiátricos.

O estresse não é propriamente uma doença, mas pode representar um gatilho, uma adaptação do ser humano a algo imprevisto, e que pode ou não ser superado. Mas quando esses eventos estressantes negativos se prolongam, acabam acarretando consequências físicas e psicológicas, que se transformam em doenças.

Sintomas do estresse

Exagero no trabalho, o uso da bebida, da comida e do fumo como pretexto para se acalmar, alterações de sono e até alguns níveis de procrastinação de tarefas podem ser os primeiros sintomas clássicos de estresse.

Após determinado tempo de exposição ao estresse contínuo, podem surgir doenças de pele, alergias, refluxo, doenças intestinais e autoimunes, infecção urinária, insônia, agravamento de sintomas em pacientes com problemas cardíacos.

Tratamento do estresse

A atitude mais primordial para prevenir o estresse é evitar as situações e circunstâncias que o geram. De modo geral, quando algum problema causa estresse, o ideal é buscar meios – e se necessário ajuda – para resolvê-lo.

Sabendo que o estresse é basicamente uma resposta de esforço emocional, o melhor caminho ainda é prevenir as situações em que essas respostas tenham um potencial de atingirem níveis altos de desgaste.

Nos casos em que evitar esse tipo de situação não for possível, o melhor a ser feito é tentar encontrar uma maneira de relaxar, o que pode variar muito, pois cada ser humano é único em todos os aspectos.

Dicas para evitar o estresse

Apesar disso, há recomendações de cunho mais amplo, que podem ser ajustadas às peculiaridades de cada um e, portanto, podem auxiliar a reduzir os níveis de cortisol – hormônio do estresse – de qualquer pessoa.

Alimentar-se saudavelmente e praticar com regularidade atividades físicas, por exemplo, liberam serotonina e dopamina, os hormônios responsáveis pelas sensações de prazer e bem-estar.

Outras dicas para ajudar na prevenção do estresse são respirar fundo, investir em trabalhos manuais, dormir bem e praticar meditação.

Entretanto, se os sintomas persistirem, o Sistema Único de Saúde brasileiro conta com toda uma rede de apoio a pacientes que apresentem quaisquer transtornos ou sofrimento mental, que vão desde o estresse crônico até a síndrome de Burnout e depressão, sendo todos os serviços oferecidos de forma gratuita através do atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

O que é depressão

Ao contrário do que muitos pensam, a depressão não é “frescura”. Trata-se de uma patologia psiquiátrica crônica, que afeta centenas de milhões de pessoas mundo afora, independentemente de idade.

A depressão pode demandar diversos tipos de tratamento, que variam conforme o grau de intensidade da doença que, em casos mais extremos, pode culminar em suicídio (que não eventualmente é uma das principais causas de mortalidade de jovens no mundo todo).

Fatores que levam à depressão

Alguns dos fatores mais comuns que podem fazer com que alguém desenvolva depressão são eventos traumáticos, estresse crônico ou mesmo predisposição genética.

Esses fatores podem causar uma redução dos níveis de serotonina, um dos mais fundamentais neurotransmissores, ou seja, o que promove a comunicação dos neurônios entre si.

Os neurotransmissores são também os responsáveis pela produção das sensações de bem-estar e prazer, que são imprescindíveis ao correto funcionamento do organismo como um todo.

Assim, quando o corpo sente a ausência da serotonina, a transmissão dos impulsos elétricos cerebrais fica seriamente prejudicada, o que pode gerar uma reação em cadeia caso seja um quadro contínuo ou duradouro.

Além disso, a escassez de neurotransmissores como esses pode ocasionar sérias mudanças de humor, além de interferir na produtividade, na alimentação, no sono e até na vida sexual do indivíduo.

Sintomas da depressão

Alguns dos sintomas mais elementares da depressão envolvem irritabilidade, cansaço, distúrbios do sono, perda do prazer (ou mesmo da libido), ausência de vontade de fazer as atividades mais simples, ou empregar um esforço extra para realizá-las, apatia ou choro, falta de memória e dificuldades de concentração.

Tratamento da depressão

A OMS recomenda que o tratamento de quadros depressivos acompanhe o nível de gravidade da doença.

Nos casos iniciais, mais conhecidos como depressão em grau leve, os tratamentos recomendados envolvem questões psicossociais, e os mais comuns são a TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental) e a psicoterapia interpessoal.

Já nos casos de depressão moderada e grave, inclui-se a administração de medicamentos antidepressivos. Contudo, é importante lembrar que esses remédios podem acarretar efeitos colaterais como tonturas, náuseas, aumento de peso e disfunções sexuais.

Via de regra, os antidepressivos são medicamentos cujo objetivo é combater o desequilíbrio químico cerebral, ajudando a restabelecer a produção da serotonina e favorecendo a retomada do funcionamento em níveis normais.

Entretanto, os efeitos dessas medicações não são imediatos, e o tratamento precisa ser seguido à risca por um ano, no mínimo, a fim de atingir resultados efetivamente positivos.

Quer conversar sobre o assunto? Agende uma consulta!

Clínica Marcelo Parazzi

Independentemente da diferença entre estresse, Burnout e depressão, se você ou algum familiar tem sofrido com sintomas dessas patologias, nossa clínica pode ajudar.

Além de se fundamentar na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e oferecer todo o tratamento tradicional por meio de psiquiatras, psicólogos e psicanalistas para tratar ansiedade, depressão e outros transtornos, a Clínica Marcelo Parazzi também dispõe de Terapia Holística, que desenvolve estratégias terapêuticas como Reiki, Yoga, Meditação, Constelação Familiar e Mindfulness (Consciência plena), para auxiliar no alcance de melhores resultados nos tratamentos dos pacientes, que são, comprovadamente, grandes aliados na recuperação desses indivíduos.

Estamos à disposição para auxiliar com a Terapia à Distância, realizando atendimento inclusive para pessoas que residem fora do país.

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