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Tabagismo na pandemia: o isolamento social aumentou o consumo de cigarro

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Tabagismo na pandemia: o isolamento social aumentou o consumo de cigarro

Tabagistas relatam perda significativa da qualidade de sono, sentimentos de solidão, tristeza e nervosismo bem mais intensos que antes.

Muito se engana quem pensa que a pandemia de Covid-19 causa danos “apenas” na economia mundial. Para muito além disso, o isolamento colocou em evidência o melhor e o pior do ser humano: sob a mesma lente, foram ampliados tanto a solidariedade quanto os defeitos, como os vícios, por exemplo.

Segundo artigo publicado pela Fiocruz  nos Cadernos de Saúde Pública, só durante a pandemia, cerca de 34% dos brasileiros declaram ter aumentado o consumo de cigarros, devido à intensificação de estresse por que passaram durante o isolamento social.

Um dos fatos incontestáveis desse período é o aumento de problemas relacionados à saúde mental da sociedade como um todo, e com os tabagistas não é diferente: muitos relatam perda significativa da qualidade de sono, sentimentos de solidão, tristeza e nervosismo bem mais intensos que antes.

No entanto, segundo especialistas, não é possível determinar com precisão se o aumento do consumo de cigarros é causa direta de problemas como ansiedade, insônia e depressão, ou se estas causam o aumento da incidência ou a ampliação dos sintomas de problemas na saúde mental dos tabagistas.

Tabagismo na pandemia: fator de risco

Ainda há um outro elemento relevante: o tabagismo é um fator de risco para inúmeras doenças, incluindo a Covid-19, devido à fragilização da saúde, especialmente dos pulmões.

Sob essas circunstâncias, se forma um cenário ainda mais preocupante. Se levarmos em consideração que a nicotina é altamente viciante, e considerarmos que, por conta da pandemia, os fumantes ainda sofram com doenças advindas da exposição a situações de alto estresse, aliadas ao isolamento, à diminuição da prática de exercícios físicos, e aumento da ansiedade, as previsões não são nada animadoras. Esses quadros podem elevar o número de casos de doenças crônicas, cardiovasculares, e até mesmo câncer.

Há ainda a questão dos fumantes passivos, ou seja, pessoas que, embora não sejam fumantes compulsivos, sofrem os mesmos efeitos danosos à saúde por serem obrigadas a conviver, muitas vezes, com o fumante dentro da própria casa.

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Já se sabe que a dependência do tabagismo aumenta muito o risco de doenças coronarianas e vasculares em geral, enfisema pulmonar, bronquite crônica, além de estar diretamente associado ao desenvolvimento de cânceres de pulmão. O que pouca gente sabe – ou parece ignorar intencionalmente – é que o tabagismo na pandemia aumenta consideravelmente as chances de desenvolver as formas mais graves de infecção por coronavírus.

Apesar disso, boa parte da população brasileira ainda se declara dependente do cigarro. Segundo relatos dos próprios tabagistas, eles reconhecem que absolutamente tudo lhes parece sempre uma boa razão para fumar: o tédio, o estresse, a tristeza, as lembranças do que viveram antes do início do isolamento, entre outras coisas.

A esperança de que a pandemia em algum momento se acabe – ou ao menos dê uma trégua suficiente para que todos possam tentar retomar suas vidas – é generalizada. Mas também é igualmente de todos a preocupação, o receio de que advenham várias “novas ondas”, o que não seria nada bom para quem coloca a pandemia como uma desculpa para aderir ainda mais ao vício.

Lei colaborou com a redução de fumantes

Antigamente, os cigarros faziam parte de rituais masculinos: comemorar o nascimento de um filho, uma reunião de negócios, etc. Por conta desse significado, mais ao final do século XX, os cigarros passaram a ter a conotação de poder. Isso gerou uma quantidade exorbitante de propagandas que focavam precisamente no apelo a esse aspecto cultural.

Com isso, as mulheres, em um contexto de busca por igualdade de direitos, passaram a fumar também, inicialmente como atos de manifestação e protesto e, posteriormente, porque a prática do tabagismo acabou se popularizando.

No ano 2000, foi sancionada no Brasil uma lei proibindo a veiculação de propagandas de cigarro no país. Só com essa atitude, o número de fumantes no país já sofreu uma redução de aproximadamente 30%, segundo a Organização Pan Americana de Saúde (Opas). Além dessa proibição e em consequência dela, houve também uma imposição para que os fabricantes fizessem constar, nas embalagens, avisos dos danos à saúde que o hábito de fumar pode causar, além de imagens que ilustrassem as consequências dessas doenças.

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Cigarros ilegais: preocupação a mais com o tabagismo na pandemia

Além de tudo isso, outro fator preocupa na realidade atual: os cigarros ilícitos ou contrabandeados ganham cada vez mais espaço no mercado e, consequentemente, no consumo. Segundo pesquisas recentes, o Brasil é um dos países que mais consomem ilegais, tendo como maiores consumidores as camadas da população dotadas de menor renda e escolaridade.

Os cigarros ilegais já correspondem atualmente a cerca de 57% do consumo nacional, segundo o Ibope. Mas o problema maior ainda é a ausência de controle de qualidade desses produtos, uma vez que não passam pelo aval das normas de segurança da Vigilância Sanitária, tampouco se encaixam nos padrões de respeito aos níveis químicos que o Ministério da Saúde impõe no Brasil. Desta forma, não é possível saber ao certo qual a composição desses cigarros, o que traz consigo a incerteza a respeito de seus efeitos.

Além disso, os cigarros ilícitos ou contrabandeados não geram arrecadação alguma de imposto. É importante esclarecer que o dinheiro dos impostos arrecadados da venda de cigarros é utilizado precisamente para minimizar o impacto das consequências do próprio tabaco à saúde.

E é justamente o fato de não sofrerem tributação que faz com que os cigarros ilícitos ganhem espaço nas periferias ou outros lugares com desigualdades sociais.

A Clínica Marcelo Parazzi

Se você ou algum familiar está sofrendo com o tabagismo na pandemia, nossa clínica pode ajudar.

Além de se fundamentar na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e oferecer todo o tratamento tradicional por meio de psiquiatras, psicólogos e psicanalistas para tratar dependência de tabaco, ansiedade, depressão e outros transtornos, a Clínica Marcelo Parazzi também dispõe de Terapia Holística, que desenvolve estratégias terapêuticas como Reiki, Yoga, Meditação, Constelação Familiar e Mindfulness (Consciência plena), para auxiliar no alcance de melhores resultados nos tratamentos dos pacientes, que são, comprovadamente, grandes aliados na recuperação desses indivíduos.

Estamos à disposição para auxiliar com a Terapia à Distância, realizando atendimento via Skype, inclusive para pessoas que residem fora do país.

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