Transtorno que precisa ser dominado a tempo.
Saiba como combater o vício em celular em 7 passos.
Com o surgimento da internet vinculada aos celulares, ampliou-se não só a gama de opções de acesso, mas também o tempo que se gasta com o aparelho nas mãos.
Mas se as incontáveis facilidades que a tecnologia mobile oferece aos usuários proporcionam experiências antes impensáveis, por outro lado, o uso excessivo dessas tecnologias gerou problemas até então inexistentes, como por exemplo, o vício de mexer constantemente no celular.
Tempo utilizando smartphones
Estudos recentes demonstram que o número de visualizações de tela do celular atinge a média de 52 vezes diárias, e que os usuários chegam a passar quase quatro horas utilizando seus smartphones.
Alguns especialistas indicam inclusive que os aplicativos mobile são tão viciantes quanto máquinas caça-níqueis, e que esse vício causa prejuízos ao sono e à saúde física e mental do indivíduo. Leia também Nomofobia: 5 malefícios do vício em smartphone.
Um vício como qualquer outro
O vício em celulares possui as mesmas raízes de quaisquer outros vícios: a sensação de recompensa e a liberação de dopamina, o hormônio do bem-estar e do prazer. Ao verificar uma nova postagem, a expectativa por novas curtidas, interações e a aprovação dos demais usuários da rede dá a sensação de que o indivíduo é alguém querido e bem aceito socialmente.
Mas, apesar de cada vez mais comum, o vício em celulares é um transtorno que precisa ser combatido a tempo.
Se você se identificou ou conhece alguém com essas características, fique atento às dicas que elencamos para combater o vício em celular de forma correta.
Artigos Relacionados
7 passos para combater o vício em celular
1. Tire o celular do seu campo de visão
Esse é o primeiro passo – e talvez o mais difícil – para quem realmente é viciado em usar o celular. No entanto, manter o aparelho fora do seu campo de visão é imprescindível para que se consiga efetivamente se desvincular um pouco dele.
Além disso, estudos já comprovam que o celular é uma fonte constante de distração enquanto for mantido em local de fácil alcance.
Para iniciar seu combate ao vício de usar o celular, fuja das “boas desculpas” como olhar a hora ou programar despertadores, por exemplo. Se necessário, volte a usar relógios de pulso e despertadores comuns, igualmente úteis para as demandas de atividades cotidianas.
Uma dica adicional é colocar o celular para carregar fora do quarto. Essa é uma atitude aparentemente simples, mas que garantirá uma melhora considerável na qualidade de sono, além de trazer benefícios notáveis aos relacionamentos interpessoais, em especial com o(a) parceiro(a).
2. Altere as cores da tela
Outra opção que auxilia é alterar as cores da tela, para que apareçam em preto e branco.
Com a limitação que esses recursos oferecem, o celular certamente parecerá muito menos atrativo e tentador.
3. Utilize aplicativos para combater o vício em celular
Parece contraditório, mas combater o vício em tecnologia envolve, muitas vezes, ressignificar seu uso.
Atualmente, já existe uma infinidade de aplicativos que ajudam a monitorar o tempo de acesso a redes sociais, por exemplo. Alguns desses apps inclusive são nativos de fábrica em muitos modelos, aparecendo como indicações de controle parental ou bem-estar digital.
4. Faça um detox digital
Tudo que se torna excessivo e nocivo à saúde precisa de um detox. Com o vício em celulares, não é diferente.
Experimente iniciar o combate ao hábito excessivo de uso da tecnologia tentando se desvincular dela temporariamente, ficando longe de seu smartphone por 24 horas, por exemplo. Inicialmente, pode ser que isso cause algum desconforto ou estresse, uma vez que fomos treinados para aceitar as “recompensas” digitais a todo o tempo, mas essa ansiedade toda é tão temporária quanto um post de rede social.
Essa pode ser uma experiência radical, mas ao mesmo tempo libertadora e verdadeiramente desintoxicante.
5. Substitua o tempo de uso com outras atividades
Uma opção igualmente viável para combater o vício em celular é a substituição do tempo que se usa a tecnologia por outras atividades de que se goste.
O mais interessante é que essa substituição pode ser feita gradativamente, conforme se consegue organizar uma espécie de “lista de afazeres”, isto é, uma série de tarefas ou atividades não digitais, porém igualmente prazerosas, que você até gostaria de ter em sua rotina, mas que acredita nunca ter tempo de executar.
A ideia aqui é a de ir excluindo aos poucos a dependência das ferramentas digitais, substituindo-as, uma a uma, por outras atividades que lhe façam bem, sejam elas presenciais ou offline.
6. Compreenda o motivo pelo qual você precisa do aparelho
Pode parecer besteira, mas o lado emocional é o principal nisso tudo. E quando se fala de dependência ou vício, este deve ser um dos primeiros pontos a ser levado em consideração.
Nenhuma dependência é exclusivamente física. O ser humano é um ser afetivo cujo equilíbrio emocional está intrinsecamente ligado aos campos psicológico e físico.
Descobrir e compreender o que sente, bem como os verdadeiros motivos pelos quais alguém se apega ao celular pode ser a chave para enfrentar adequadamente o vício.
Ansiedade, curiosidade, felicidade ou mesmo tédio podem ser motivos mais comuns do que se imagina para que alguém passe horas rolando a tela do celular, em busca de acompanhar uma realidade virtual, esquecendo-se de viver a própria realidade física, e perdendo momentos preciosos da vida real. Leia também Como a hiperconectividade pode aumentar quadros de ansiedade.
7. Desenvolva novos hábitos e reconecte-se pouco a pouco
E, por fim, é preciso compreender que os smartphones não são os vilões, e sim o uso que se faz deles.
É preciso deixar claro que o problema do vício tecnológico só se instala quando o aparelho deixa de ser uma ferramenta e passa a ser uma tentação para seu usuário.
Após a eliminação de seus elementos viciantes, mesmo um viciado em tecnologia pode ter uma vida saudável e manter o uso responsável do celular. Para isso, é interessante desenvolver novos e melhores hábitos que envolvam o uso das tecnologias, mas sem permitir que elas voltem a dominar sua rotina.
Pode levar um tempo, mas essa adequação é completamente necessária. Assim, você não precisará viver o dilema de ter que fazer a escolha entre ser um alienado digital ou um viciado em tecnologias.
Com equilíbrio e responsabilidade, aparelhos celulares (assim como quaisquer outros dispositivos) podem ser grandes aliados no dia a dia. Sabendo utilizar, eles não precisarão ser banidos, e poderão continuar a fazer maravilhas por todos nós.
Clínica Marcelo Parazzi
Se você ou algum familiar tem sofrido com vício em celular, nossa clínica pode ajudar.
Além de se fundamentar na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e oferecer todo o tratamento tradicional por meio de psiquiatras, psicólogos e psicanalistas para tratar ansiedade, depressão e outros transtornos, a Clínica Marcelo Parazzi também dispõe de Terapia Holística, que desenvolve estratégias terapêuticas como Reiki, Yoga, Meditação, Constelação Familiar e Mindfulness (Consciência plena), para auxiliar no alcance de melhores resultados nos tratamentos dos pacientes, que são, comprovadamente, grandes aliados na recuperação desses indivíduos.
Estamos à disposição para auxiliar com a Terapia à Distância, realizando atendimento inclusive para pessoas que residem fora do país.
