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Como a hiperconectividade pode aumentar quadros de ansiedade

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Como a hiperconectividade pode aumentar quadros de ansiedade

O excesso de conexão pode acarretar sérios problemas – ou agravar ainda mais algum transtorno pré-existente.

Nos últimos anos, vimos a tecnologia dar incontáveis saltos de evolução e qualidade.

 Dessa realidade completamente diferenciada surgem experiências inovadoras, mas também problemas totalmente desconhecidos até então, como a hiperconectividade, por exemplo.

 

Um mundo de possibilidades interativas

Serviços de streaming, redes sociais, e-mails, tweets, aplicativos de mensagens instantâneas e jogos são apenas alguns dos motivos pelos quais os jovens permanecem cada vez mais tempo conectados, presos ao celular ou a qualquer outro dispositivo que permita esse mesmo nível de interatividade.

Parece impossível sequer imaginar a vida hoje em dia sem essas inovações tecnológicas, mas o excesso de conexão pode acarretar sérios problemas – ou agravar ainda mais algum transtorno pré-existente.

A partir disso, se faz necessário conhecer um pouco melhor como se caracteriza a hiperconectividade e suas relações com transtornos de ansiedade e como essa superexposição pode afetar o controle das emoções como um todo.

 

Hiperconectividade: um atributo constante em nosso cotidiano

Embora ainda sem uma definição oficialmente reconhecida, a hiperconectividade é facilmente perceptível no cotidiano atual. O acesso e a consequente popularização de tecnologias como smartphones, notebooks, tablets, smart TVs, smartwatches e até assistentes pessoais digitais faz com que dificilmente encontremos alguém que não conheça, tenha contato ou se utilize de ao menos alguma dessas ferramentas.

Criou-se um outro estilo de vida, em que há uma verdadeira dependência tecnológica, e onde não há espaço para viver desplugado.  Passamos a depender de dispositivos eletrônicos para acordar na hora certa, trabalhar, encontrar informações, localizações, fazer compras e mesmo nos comunicar com outras pessoas, sem sequer nos dar conta de que esses mesmos aparelhos tão úteis são programados para, pouco a pouco, nos manterem cada vez mais dependentes, expostos e conectados.

E as consequências da hiperconectividade não param por aí: com a explosão das mídias de massa no meio digital, cresce também exponencialmente a quantidade de produtores de conteúdo digital. E o problema real é que não há muito como controlar a qualidade desses conteúdos, tampouco se certificar se quem os produziu realmente é uma autoridade no ramo. Leia também Como a pandemia intensificou a dependência tecnológica.

 

A tecnologia é algo sem escapatória

Não há para onde escapar: a tecnologia está por toda a parte, e a tendência é que, a cada minuto, surjam novas soluções tecnológicas para problemas que nunca pensamos que teríamos, e obrigando a todos – até os que não gostam – a aderirem gradativamente ao seu uso.

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O lado negativo da hiperconectividade

Essa nova realidade tecnológica dinamizou e popularizou mundialmente o acesso à informação em tempo real, o que gerou, por si só, uma necessidade imediatista de hábitos de consumo.

Num cenário como esses, a hiperconectividade gera estímulos de proporções imensuráveis, que, com o prolongar do tempo de exposição, se transformarão em níveis altíssimos de estresse, ansiedade, angústia e insatisfação, além, obviamente, de causar depressão e outros danos ainda mais graves à saúde mental.

Confira alguns dos fatores negativos mais relevantes relacionados à hiperconectividade:

Indivíduos constantemente infelizes

Ao se depararem com estilos de vida perfeitos, estampados nas redes sociais, é perfeitamente normal que nossas vidas pareçam completamente comuns e sem a menor graça.

Visualizar o tempo todo pessoas ostentando luxos, fazendo viagens e levando estilos de vida invejáveis pode levar a uma sensação de que a vida que levamos está longe de ser suficiente.

 

Insatisfação com o próprio corpo

Outro ponto que costuma contribuir para a infelicidade são as imagens de corpos aparentemente perfeitos, que inflamam cada vez mais a obsessão já quase natural por tentar alcançar qualquer semelhança ao que se vê na internet como interessante, belo, aceitável e exibível.

E, como se trata de uma tarefa no mínimo árdua, a maior parte das pessoas se tornam insatisfeitas com o próprio corpo ou a própria vida, pois nunca parecerão tão interessantes ou emocionantes quanto aquilo que se pode ver todos os dias online.

Isolamento social

A hiperconectividade gera um ciclo vicioso no qual os dispositivos ocupam, em tese, um vazio com o qual não conseguimos lidar. O problema é que o uso excessivo desses mesmos dispositivos acaba causando o isolamento presencial e as mais prováveis consequências disso são a solidão e um vazio ainda maior que o inicial, que se vai tentando preencher com mais tempo conectado, e assim sucessivamente.

Por outro lado, a falsa sensação de companhia gerada pela interação virtual pode acarretar problemas de ajuste de convivência, excesso de carência por medo de ficar sozinho (o que não deixa de ser um paradoxo, pois, ao acessar a internet, normalmente se faz isso de forma individual).

 

Diminuição do autoconhecimento

Essa inabilidade social, por sua vez, ajuda a diminuir o autoconhecimento e, consequentemente, por não conhecerem a si mesmos, os indivíduos perdem também a capacidade de formar conexões com outras pessoas ou grupos com quem deveriam conviver e interagir no cotidiano.

 

Incapacidade para relacionamentos duradouros

Em paralelo a esse mundo constante de comunicação virtual, surgem também como consequência as relações que possuem pouca ou nenhuma duração, assim como as informações e interações via internet. A tudo se dá o mesmo peso ou o mesmo valor daquilo que é construído nas redes.

Dessa forma, ainda que possuam uma agenda virtual cheia de contatos e 5 mil amigos em determinada rede social, são incapazes de construir relacionamentos duradouros na vida real, que não possui as mesmas demandas de substituir coisas, informações e pessoas e transformá-las em obsoletas no momento em que não mais agradem.

 

Inabilidade de concentração

Com a conectividade, transformou-se até mesmo o modo como se presta atenção a algo. A dinâmica dos ambientes virtuais é mais colorida – até poluída – composta por imagens, sons, gráficos, links, animações, vídeos e inúmeros outros formatos de recursos utilizados exclusivamente para chamar a atenção.

Consequentemente, o cérebro do internauta tenta atender e acompanhar esse verdadeiro bombardeio de estímulos, dando ao menos um pouco de atenção a cada um deles.

No entanto, como é humanamente impossível ater-se por muito tempo a tudo isso, acaba por desenvolver o hábito de manter apenas curtos momentos de foco, distraindo-se logo em seguida, em busca de um novo estímulo.

O problema é que esse hábito de focar em algo apenas por um curto período não fica restrito ao mundo virtual. A hiperconectividade, neste caso, praticamente induz os indivíduos a desenvolverem déficit de atenção.

 

Desinteresse no mundo real

E além do fato de esse déficit de atenção poder ser uma fonte de ansiedade, ao terem contato com as facilidades do mundo virtual – onde, ao discordar de alguém ou ter contato com algo desagradável, basta bloquear ou encontrar outro “amigo” – as pessoas costumam se apegar a esse tipo de relação fluida, e transferirem as expectativas e comportamentos que têm online para o mundo real, no qual as pessoas passam a ser difíceis, imperfeitas, enfadonhas e desinteressantes a seus olhos.

 

Esgotamento psicológico

Os estímulos gerados pela hiperconectividade causam ainda um cansaço excessivo, por conta do acesso ininterrupto a informações – muitas vezes negativas.

Dada a velocidade e a quantidade de informações disponíveis e nem sempre verdadeiras (especialmente nas redes sociais), as pessoas tendem a desenvolver uma saturação de estímulos que pode levar ao esgotamento psicológico ou mesmo a devaneios paranoicos, cuja principal causa está ligada principalmente a esse excesso de acesso, pelo fato de a mente não ter oportunidade de descanso desse tipo de notícia.

E mesmo as notícias aparentemente boas, com conteúdos agradáveis, podem sobrecarregar o cérebro. Afinal, tudo o que é excessivo, fatalmente será prejudicial, ainda mais se consumido num curto espaço de tempo.

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Como diminuir o uso das tecnologias

Assim como qualquer outro recurso da vida, é preciso saber administrar a presença e o uso das tecnologias na própria vida.

Há que se estabelecer limites, a fim de equilibrar o tempo que se dedica ao mundo e às atividades virtuais, bem como às demais atividades “presenciais”.

Confira algumas ferramentas interessantes para ajudar nessa luta contra a hiperconectividade:

1. Faça atividades fora do mundo virtual 

A ideia é procurar atividades e vivências que o mundo virtual, em tese, não pode captar nem permitir experimentar, como um hobby, uma atividade física.

Da mesma forma, resgatar interações pessoais, “olho no olho”, bem como reorganizar o ambiente em que se vive ou trabalha, por exemplo, são opções nada tecnológicas e que possibilitam o exercício das demais áreas do cérebro – sem aumentar a sobrecarga de informações que o afeta.

2. Fique mais tempo offline

Vez ou outra, programe um momento – ou mesmo um dia inteiro – para manter-se desconectado, caminhar, ler bons livros, brincar com as crianças, viajar, levar seu animal de estimação para um passeio ou mesmo praticar esportes.

Durante essas atividades, observe as pessoas ao seu redor. Converse, interaja, dê atenção ao que efetivamente vê: as pessoas. Consequentemente, a ideia de aproveitar as pequenas coisas da vida não parecerá tão absurda assim.

 

3. Utilize as tecnologias com moderação

O mais recomendável é evitar consumir conteúdos desagradáveis ou que não agregam em nada à sua vida.

Além disso, abandone algumas ações cotidianas, como, por exemplo: levar o celular para a mesa durante as refeições; permanecer conectado por várias horas, permanecer olhando as redes sociais enquanto conversa com outra pessoa, etc.

Outra recomendação que merece destaque é a de se afastar do telefone pelo menos nos horários próximos à hora de dormir, a fim de evitar episódios de insônia.

4. Busque por técnicas de relaxamento

Se um dos problemas principais causados pela hiperconectividade é precisamente o estresse – e tudo o que ele traz consigo – pode ser que utilizar técnicas de relaxamento, meditação, respiração, yoga, mindfulness, prática de esportes, acupuntura (entre outros) ajudem a relaxar a tensão, combater a ansiedade e lidar com emoções negativas, por exemplo.

O importante é não se deixar abater, nem deixar que o estresse e a ansiedade dominem. E não se esqueça: se necessário, procure ajuda especializada.

 

Clínica Marcelo Parazzi

Se você ou algum familiar tem sofrido com dependência da internet, nossa clínica pode ajudar.

Além de se fundamentar na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e oferecer todo o tratamento tradicional por meio de psiquiatras, psicólogos e psicanalistas para tratar ansiedade, depressão e outros transtornos, a Clínica Marcelo Parazzi também dispõe de Terapia Holística, que desenvolve estratégias terapêuticas como Reiki, Yoga, Meditação, Constelação Familiar e Mindfulness (Consciência plena), para auxiliar no alcance de melhores resultados nos tratamentos dos pacientes, que são, comprovadamente, grandes aliados na recuperação desses indivíduos.

Estamos à disposição para auxiliar com a Terapia à Distância, realizando atendimento inclusive para pessoas que residem fora do país.

Agende sua primeira consulta.

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