Você sabe o que é Terapia Cognitivo-Comportamental?
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das psicoterapias mais reconhecidas no meio científico, atualmente.
Ela tem um caráter educativo e orientado pautado em uma abordagem direta, focada e colaborativa entre profissional e paciente, que tem mostrado ótimos resultados no tratamento de diversas psicopatologias como depressão, ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
A Terapia Cognitivo-Comportamental se fundamenta em conceitos básicos do Modelo Cognitivo, como:
- Pensamentos automáticos
- Crenças intermediárias
- Crenças nucleares
Como atua a Terapia Cognitivo-Comportamental
Para compreender os papéis desses conceitos dentro das psicopatologias, é necessário entender como o comportamento é formado através da perspectiva desse modelo.
Aqui ele nasce da interpretação que a pessoa tem dos estímulos provenientes do meio, ou seja, da maneira que ela enxerga o mundo. Assim, se há uma anormalidade nessa interpretação, a consequência é o surgimento de um comportamento fora da normalidade.
Essa interpretação é fruto da conexão entre diversas funções como memória, atenção e associação de informações. E por essa razão sofre grande influência de experiências vivenciadas, principalmente da infância.
A interpretação é capaz de gerar pensamentos, ideias e comportamentos, também conhecidos como padrões cognitivos. Esses padrões, por sua vez, se estruturam em três níveis:
- As crenças nucleares que são provenientes da associação de fatores genéticos e ambientais, são profundas e se relacionam com o conteúdo do inconsciente.
- As crenças intermediárias que são frutos da consciência e baseiam-se em regras criadas para adaptação ao meio.
E os pensamentos automáticos que são incontroláveis, espontâneos e carregam em si uma resposta emocional ao estímulo vivenciado.
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Nas psicopatologias ocorre uma anormalidade nesses padrões cognitivos por uma má interpretação situacional, o que resulta em distorções do pensamento e ideias e comportamentos não adaptativos.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) atua exatamente sobre os pensamentos e comportamentos anormais apresentados pelo paciente, ofertando técnicas e estratégias que permitam que ele, de forma ativa, possa lidar com esses pensamentos.
Qual o objetivo dessa terapia?
Identificar comportamentos não adaptativos e pensamentos disfuncionais, bem como as crenças e sentimentos associados a eles, e oferecer o apoio educacional necessário para que o paciente possa reestruturá-los.
Assim, tendo uma melhor qualidade de vida, redução de sintomas e remissão da doença.
Um dos grandes benefícios da TCC é que ela capacita o paciente a ser o agente principal de sua própria mudança. Mesmo após o término do tratamento, as técnicas aprendidas podem ser aplicadas no dia a dia, ajudando o indivíduo a lidar com situações futuras de maneira mais saudável e funcional.
Isso faz da TCC uma terapia não apenas de curto prazo, mas com impacto duradouro na vida do paciente.
E como ela é feita?
Em uma sessão de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), o psicoterapeuta tem um papel ativo iniciado na investigação de padrões, pensamentos e reações disfuncionais apresentados pelo paciente.
Para isso é necessária uma avaliação detalhada de sua história, com foco em aspectos pessoais, antecedentes médicos, quadro manifestado e análise do humor, além de identificação de situações gatilho e reações emocionais associados a elas.
Uma relação de confiança é fundamental para o desenvolver de todo processo terapêutico.
Em cada sessão o paciente deve ter seu humor avaliado, assim como deve ser questionado quanto aos seus sentimentos acerca das sessões anteriores.
O trabalho do psicólogo é ajudar o paciente a compreender a própria doença, a enxergar os padrões cognitivos disfuncionais em sua vida e como lidar com eles.
É uma terapia educativa, em que a pessoa recebe o alicerce necessário para perceber a incoerência e irracionalidade de pensamentos automáticos alterados e comportamentos não adaptativos, exagerados e disfuncionais, derivados de crenças fora da normalidade.
Esses aspectos são trabalhados através de técnicas de distanciamento (questionamento da validade de crenças e pensamentos), descentralização (percepção de que a pessoa não é o centro de todas as coisas), reatribuição (mudança de foco) e descatastrofização (compreensão de que o mundo não conspira contra a pessoa).
Por exemplo, na técnica de distanciamento, o terapeuta pode pedir que o paciente questione pensamentos automáticos como: “Por que estou pensando isso?” ou “Qual é a evidência de que isso é verdade?”.
Já na técnica de descatastrofização, o paciente é incentivado a analisar situações de maneira mais realista, reduzindo pensamentos extremos como “Se eu falhar, minha vida vai acabar”. Essas técnicas ajudam a mudar a percepção dos problemas, promovendo maior equilíbrio emocional.
O paciente aprende a mudar aspectos dos padrões cognitivos para que possa alterar o comportamento disfuncional.
Para quem é indicada?
Não há restrições de idade e tem se mostrado bem sucedida no tratamento de Depressão, Ansiedade, TOC e fobias específicas.
Além dos transtornos clássicos como depressão e ansiedade, a TCC tem se mostrado eficaz no tratamento de desafios contemporâneos, como dependência de redes sociais, dificuldades em lidar com a pressão das mídias digitais e ansiedade climática.
Essas novas demandas refletem a adaptabilidade da abordagem a diferentes contextos e épocas.
Como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) auxilia nas psicoterapias?
As diversas técnicas de manipulação dos padrões cognitivos e comportamentais, mudanças de foco e reestruturação de pensamentos ajudam a reduzir os sintomas das psicopatologias, causam remissão do quadro clínico e estimulam a qualidade de vida.
Seus impactos são muito positivos na redução do sofrimento e promovem a restauração da funcionalidade social, profissional e cotidiana do paciente.
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*Conteúdo publicado em março de 2020 e atualizado em abril de 2025.