A dependência se inicia quando as drogas são utilizadas para suprir necessidades do organismo ou emocionais. Entenda quais são os motivadores e causas da dependência química.
O que é dependência química
A dependência química é uma doença crônica, multifatorial e pode se dar em diversos níveis, desde aquela pessoa que usa drogas com muita frequência voluntariamente àquela pessoa que não tem controle algum sobre o uso dessas substâncias e é totalmente dependente delas.
De acordo com o infográfico: Os 7 sinais de que seu familiar pode ser um dependente químico é possível identificar indícios.
É importante notar que a dependência química é uma doença de implicâncias físicas, comportamentais e psicológicas, sendo iniciada quando as drogas são utilizadas como forma de suprir alguma necessidade do organismo ou por necessidade emocional.
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Causas da dependência química
Há diversos fatores e motivadores que podem fazer com que uma pessoa comece a utilizar drogas. Entre as mais comuns causas da dependência química, é possível citar:
Problemas emocionais e psicológicos
A falta de orientação psicológica e amparo emocional podem levar à depressão e/ou à vontade de fugir dos problemas.
Há em nossa sociedade uma grande quantidade de pessoas que ainda não aprendeu a lidar com suas emoções. Para elas, situações corriqueiras em nossa vida podem representar grandes desafios psicológicos, tais como:
- Frustrações no emprego ou na escola
- Decepções amorosas
- Busca pela aprovação dos pais ou de amigos
- Um trauma ou choque psicológico
Talvez a pessoa precise de alguém de confiança para desabafar, mas não encontre, ou talvez sua insegurança e medo de ser julgado podem fazer com que ela guarde os problemas consigo e não fale sobre eles.
Em adição, a falta de autoconhecimento pode levar à má interpretação das causas de sua angústia, levando-a a se manifestar através de rebelião, raiva ou isolamento.
Busca pelo alívio
Há inúmeras situações em que qualquer coisa que possa “aliviar” o sentimento sem ter que lidar com ele diretamente se torna uma solução fácil e prazerosa para essa pessoa.
O entorpecente, que altera a percepção da realidade e o pensamento, faz o usuário esquecer momentaneamente das frustrações, dos problemas, responsabilidades e compromissos.
Alguns podem se libertar das inseguranças e ansiedades que tanto machucam aqueles que não conseguem lidar com as emoções.
As drogas oferecem uma saída rápida e perigosa para pessoas nessas situações, e aliadas ao desconhecimento de suas consequências podem agir de forma contrária e agravar o problema.
Curiosidade
Dentre as causas da dependência química, há ainda uma mais alarmante: a curiosidade sentida na adolescência sobre a sensação nova que as drogas proporcionam.
Muitas vezes, o usuário não possui um motivador psicológico, uma frustração ou um problema com que não saiba lidar. Ele apenas quer conhecer mais, quer se divertir, experimentar e conhecer várias coisas novas.
Há, por exemplo, jovens que não tiveram liberdade em sua adolescência, e quando passam a experimentar o livre-arbítrio sem nenhum tipo de supervisão, não sabem lidar com a falta de limites e buscam aproveitar o “tempo perdido”, procurando o máximo de experiências possíveis, muitas vezes desconhecendo as consequências de suas experimentações.
Predisposição biológica
Quando falamos sobre as causas da dependência química, também existem ainda motivadores hereditários e biológicos, que aumentam as possibilidades de uma pessoa usuária de drogas se tornar viciada nessas substâncias.
Ou seja, um motivador para uma pessoa que apenas experimentou uma droga voltar a utilizá-la, ainda que tenha consumido na primeira vez apenas para “descobrir coisas novas”.
Uma das características de predisposição biológica para a dependência química é o aumento da tolerância orgânica, ou seja, a capacidade cada vez maior do indivíduo de consumir determinada substância sem que ela surta o efeito no organismo.
Dessa forma, conforme a tolerância orgânica aumenta, há uma série de consequências:
- Aumenta a necessidade que o usuário tem de consumir a droga para atingir o efeito esperado.
- Quando o efeito não é atingido mesmo com um consumo alto, o usuário passa a usar drogas de efeitos mais fortes.
- Essas práticas podem se repetir formando, assim, um ciclo vicioso, que termina com consequências catastróficas, muitas vezes culminando em uma overdose, doenças, levando o usuário a cometer delitos ou até mesmo à morte.
A saída é a educação
Esses são apenas alguns dos exemplos que motivam as pessoas a buscarem e experimentarem drogas e entorpecentes.
Mais do que nunca, a educação, informação e autoconhecimento são ferramentas fundamentais para a prevenção do uso de narcóticos.
Clínica Marcelo Parazzi
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*este conteúdo foi publicado em setembro de 2018 e atualizado em maio de 2024.