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Fui diagnosticado com TOC (transtorno obsessivo compulsivo), e agora?

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Fui diagnosticado com TOC (transtorno obsessivo compulsivo), e agora?

O TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) é um transtorno mental caracterizado pela presença de pensamentos ou sentimentos intrusivos, recorrentes e incontroláveis que costumam causar ansiedade e medo.

Essas sensações desagradáveis costumam ser procedidas por um comportamento ritualístico e repetitivo com intuito de alívio e afastamento do estímulo negativo.

 

Obsessões

Geralmente os pensamentos intrusivos, conhecidos como obsessões, costumam carregar um teor de periculosidade e risco, o que acaba gerando dúvida constante no indivíduo e esta, por sua vez, vem acompanhada de apreensão e sofrimento.

Um exemplo disso é uma pessoa que acredita estar constantemente sendo contaminada ou que corre o risco de ser infectada e transmitir uma doença fatal para as pessoas que ama.

 

Compulsões

Já a compulsão é um comportamento ritualístico feito para aliviar os efeitos negativos causados pelas obsessões. Pode ser uma ação como checar diversas vezes se a porta da casa está trancada ou se o fogão está realmente apagado, ou podem ser pensamentos como repetição de frases e preces.

No caso da contaminação, seria lavar as mãos inúmeras vezes ao dia ou evitar tocar coisas e ir a lugares potencialmente sujos e contaminados.

 

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Ciclo vicioso

O Transtorno Obsessivo-Compulsivo é uma doença que causa muito sofrimento e tem grande impacto nas atividades diárias da pessoa, pois mesmo quando o indivíduo tem consciência dos prejuízos causados pela execução dos rituais, não consegue parar de fazê-los por conta das obsessões, por mais surreais que elas sejam.

Assim acabam perdendo horas do dia para realizá-los. A pessoa que tem TOC acaba presa nesse ciclo: um pensamento invade sua mente e causa um forte grau de ansiedade, então uma ação condicionada e repetitiva é feita para aliviar esse sentimento.

 

Causas do TOC

As causas do TOC ainda não são totalmente conhecidas, porém, sabe-se que como acontece na maioria das doenças da mente, há uma relação entre fatores genéticos e ambientais.

Estudos também mostram que existe uma associação entre o transtorno e o desequilíbrio do neurotransmissor serotonina, que é responsável por funções cerebrais como atenção, estado de alerta e ciclo sono-vigília.

 

Tratamento do TOC

O tratamento do Transtorno Obsessivo-Compulsivo requer uma interação entre o uso de medicamentos e psicoterapias, além de ter resultados positivos relacionados às terapias complementares.

Os medicamentos têm efeitos na modulação do neurotransmissor em desequilíbrio, a serotonina, enquanto a psicoterapia tem papel fundamental no trabalho da desvinculação de pensamentos e comportamentos condicionados à ansiedade.

Já as terapias complementares têm o foco em reduzir os níveis de estresse, ansiedade e sofrimento dos indivíduos que têm o TOC, melhorando consideravelmente a qualidade de vida dessa população.

 

Apoio familiar

É importante ressaltar que a família exerce uma forte influência em todo esse processo, podendo ser fonte de apoio e motivação para as pessoas com Transtorno Obsessivo-Compulsivo, ou o contrário, sendo um empecilho muito grande na jornada delas. 

A falta de informação é um dos fatores mais relevantes nesse aspecto, pois resulta no reforço de discursos negativos populares que desestimulam as pessoas que sofrem com esse transtorno, o que dificulta muito o diagnóstico e adesão ao tratamento, principalmente quando são reproduzidos por familiares e pessoas próximas.

 

Acolhimento e conforto

O indivíduo que tem o TOC costuma sofrer sozinho e se isolar socialmente, principalmente por acreditar que não vai encontrar apoio e compreensão, além de muitas vezes sentirem vergonha por não conseguirem resistir à compulsão de realizar os rituais.

Essa decisão, apesar de representar um mecanismo de autodefesa, apenas aumenta o sofrimento da pessoa e impede que ela procure ajuda. Por isso, é tão importante que a família crie um ambiente acolhedor e confortável para que a pessoa sinta-se bem em se abrir e falar sobre o que a incomoda.

Para isso, o assunto saúde mental deve deixar de ser um tabu, pois a discriminação e a estigmatização são as principais preocupações de uma pessoa que está em sofrimento, fazendo com que se sinta incapaz de demonstrar isso.

O medo de julgamento é muito comum em pessoas com TOC e por isso, o apoio familiar se torna tão essencial, sem isso, a pessoa permanece a sofrer em silêncio.

 

Percepção de comportamento

Prestar atenção nas pessoas que moram com você, perceber que o comportamento ou humor andam diferentes, dialogar e mostrar compreensão e empatia, são fundamentais nessas horas e fazem diferença.

Quando a pessoa vê que há abertura e confiança, fica muito mais fácil para pedir ajuda e na hora certa, seguir com o tratamento.

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*Este conteúdo foi publicado em dezembro de 2019 e atualizado em janeiro de 2025.

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