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Jogo online e ansiedade: pesquisa comprova transtorno a longo prazo

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Jogo online e ansiedade: pesquisa comprova transtorno a longo prazo

Passatempo ou dependência?

Jogos online ou videogame: no mundo virtual não há limites para a criatividade. A cada dia aumentam exponencialmente os usuários dessas tecnologias, que já viraram inclusive profissão para muitos.

Mas e quando o jogo online ultrapassa a linha tênue que separa diversão e vício? Aliás, qual seria o limite real entre esses dois parâmetros?

Continue lendo o artigo para entender a relação jogo online e ansiedade e o transtorno a longo prazo.

Vício em jogos

O vício em jogos é identificado como qualquer outra dependência: se caracteriza quando o dependente passa tanto tempo conectado aos jogos online, em detrimento dos relacionamentos interpessoais presenciais ou de modo a prejudicar quaisquer outras tarefas do dia a dia que precise desempenhar. Leia também Vício em games é considerado transtorno de saúde mental.

Passatempo ou dependência?

Uma pesquisa feita pela Universidade Brigham Young – e publicada no jornal da Associação Americana de Psicologia – analisou, durante seis anos, o comportamento dos gamers, bem como os efeitos que os jogos poderiam causar em suas vidas cotidianas.

Segundo os resultados dessa pesquisa, apenas cerca de 10% dos jogadores online acabam demonstrando uma suscetibilidade real ao vício em games. Isso significa que, para a maioria das pessoas, os jogos eletrônicos ainda permanecem sendo apenas um passatempo, algo que fazem por diversão, e que não lhes causa dano algum – ou pelo menos não representa algo nocivo que tenha duração prolongada.

Jogo online e ansiedade: análise de pesquisa

Contudo, apesar de serem apenas 10% dos jogadores, os viciados em jogos online podem ter problemas sérios do ponto de vista interacional, além de desenvolverem sintomas e problemas relacionados à ansiedade, que podem acarretar consequências graves à sua saúde física, mental e social.

 A pesquisa científica realizada pela BYU analisou quase 400 adolescentes fãs de videogame por um período de seis anos. Uma vez por ano, eles respondiam a questionários que visavam mensurar alguns sintomas como ansiedade, agressividade, depressão, delinquência, e até mesmo itens como empatia, timidez ou sociabilidade dos indivíduos.

 A ideia era tentar identificar algum possível problema nas reações sensoriais, estresse financeiro ou mesmo um quadro de uso excessivo de aparelho celular, por exemplo.

Resultados de suscetibilidade

Basicamente, os resultados revelaram que os indivíduos do sexo masculino e com baixos níveis de sociabilidade eram altamente suscetíveis a se tornarem viciados em jogos eletrônicos.

Por outro lado, indivíduos que possuíam algum comportamento social, voluntário ou altruísta, raramente se enquadravam entre os dependentes. Assim, interagir com outras pessoas (e ajudá-las) acabava sendo, de certa forma, um fator de proteção contra a dependência.

Quanto ao vício em si, os cientistas apontaram três grupos: cerca de 72% dentre os indivíduos analisados apresentou um nível baixo de vício em videogames, enquanto para sintomas moderados o índice foi de 18% e os outros 10% apresentaram níveis de vício realmente preocupantes, e com características crescentes.

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Sem estereótipos

Alguns filmes ao longo da história acabaram construindo um grande estereótipo em torno dos gamers, como se todos eles fossem idênticos, nerds trancados no quarto, vivendo às custas dos próprios pais, ou seja, um perfil dependente financeiramente, totalmente passivo e com fixação por jogos.

 No entanto, o estudo jogou todos esses conceitos por terra ao demonstrar que, entre os indivíduos analisados, aqueles que realmente apresentaram características de viciados em videogames não possuíam qualquer diferença de padrão de estabilidade financeira, tampouco de desenvolvimento profissional em relação a todos os demais estudados, e que não foram identificados como dependentes.

Consequências do vício 

Considerados dependentes de alto grau, os 10% dos adolescentes avaliados pelo estudo apresentaram níveis consideravelmente mais altos de agressividade, depressão, uso problemático do celular, timidez e ansiedade que os demais integrantes do estudo (que compunham o grupo classificado como não patológico).

 Cabe ressaltar que, no início do estudo, absolutamente todos os adolescentes apresentavam resultados idênticos em todas as variáveis analisadas, o que permite concluir que, no longo prazo, foi precisamente o uso indiscriminado dos jogos que gerou os efeitos e resultados negativos.

Jogo online e ansiedade: como diferentes países lidam com o vício 

Por ter sido reconhecida recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença, a dependência em jogos eletrônicos agora possui diagnóstico preciso e tratamento adequado. Leia também Vício em games é considerado transtorno de saúde mental. (LINK)

Contudo, cada país lida com o problema a seu próprio modo. Enquanto no Reino Unido há clínicas privadas para tratar de distúrbios como esse, outros países – tais como a China, o Japão e a Coreia do Sul – são utilizados dispositivos cujo objetivo é limitar o uso excessivo de jogos eletrônicos.

No Brasil, particularmente, há todo um amparo aos viciados em jogos online. O Hospital das Clínicas, na capital paulista, conta com um programa específico para atender a dependentes tecnológicos, em pleno funcionamento em seu Instituto de Psiquiatria.

Esse programa, que já ajudou a centenas de pacientes, oferece um tratamento que dura cerca de quatro meses e meio e inclui sessões de psicoterapia, aliada ou não a medicação, que pode ser contra depressão ou transtornos de bipolaridade.

A Clínica Marcelo Parazzi também está apta e oferece tratamento para lidar com esse transtorno.

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Além de se fundamentar na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e oferecer todo o tratamento tradicional por meio de psiquiatras, psicólogos e psicanalistas para tratar ansiedade, depressão e outros transtornos, a Clínica Marcelo Parazzi também dispõe de Terapia Holística, que desenvolve estratégias terapêuticas como Reiki, Yoga, Meditação, Constelação Familiar e Mindfulness (Consciência plena), para auxiliar no alcance de melhores resultados nos tratamentos dos pacientes, que são, comprovadamente, grandes aliados na recuperação desses indivíduos.

Estamos à disposição para auxiliar com a Terapia à Distância, realizando atendimento inclusive para pessoas que residem fora do país.

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