Sabe-se que a internação de dependentes químicos é um recurso para casos graves da doença, em que o indivíduo está imerso em usos compulsivos de determinada substância, resultando em danos significativos para si, à família e à sociedade. Nesses casos, o paciente poderá se beneficiar de tal recurso.
Já observamos em outros textos, que a dependência química pode e, em muitos casos, deve ser tratada ambulatorialmente (sem internação), com equipe multidisciplinar e orientações familiares.
Porém, bastam algumas ligações para instituições que se propõem a tratar a dependência química, para verificarmos que boa parte delas oferecem apenas o tratamento com internação.
Dependência química: cada caso é singular
Mas há ainda algo pior do que esta questão, é o fato de se considerar todos os casos como se fossem iguais, assim para essa perspectiva, todos os tratamentos sugeridos serão também iguais.
Um exemplo são instituições que oferecem seis meses de internação para dependentes químicos, sem antes realizar uma boa avaliação do paciente para diagnosticar se realmente é um caso de internação ou não.
Uma distinção inicial que o profissional precisa fazer quando, por exemplo, um familiar entra em contato, é entre a demanda da família e a real necessidade do paciente.
Orientação à família e ao paciente
A família sempre deseja algo que supõe ser o melhor para o familiar, mas sem a obrigação de saber realmente avaliar o quadro e, muitas vezes, pode errar no seu ponto de vista.
E é justamente por isso que existem os profissionais e as especialidades, para orientar seus pacientes.
O segundo ponto é a necessidade de se considerar os 11 critérios diagnósticos pré-estabelecidos pelo DSM-5, para avaliar se a dependência química se encontra instalada no indivíduo ou não.
O terceiro aspecto é considerar quantos desses critérios se apresentam nessa pessoa, pois isso indicará se trata-se de uma dependência leve, moderada ou grave.
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Avaliação de especialista
Só a partir dessas considerações realizadas por um profissional qualificado, é que identificaremos se o paciente se enquadra no tratamento com ou sem internação.
Caso se enquadre no tratamento com internação, cabe ao especialista avaliar a gravidade do quadro e indicar o período necessário para sua duração.
Ou seja, entendemos que mesmo diante das semelhanças que a dependência química obviamente apresenta, sempre há a individualidade da pessoa, história, família e cultura.
E isto jamais pode ser negligenciado, pois só assim poderemos entender as peculiaridades da manifestação da doença em cada sujeito e, portanto, cada necessidade de tratamento.
Precisamos nos simpatizar com a ideia de que tratamento de dependência química não é sinônimo de internação, para alcançarmos as diferenças de cada caso.
Clínica Marcelo Parazzi
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*Este conteúdo foi publicado em setembro de 2016 e atualizado em março de 2025.