fbpx

Como tratar quadros com risco de suicídio

Início > Blog > Como tratar quadros com risco de suicídio

Como tratar quadros com risco de suicídio

A avaliação de risco e de gravidade pode ser feita em níveis ambulatoriais e hospitalares.

O suicídio é um ato de violência que a pessoa inflige contra si mesma com intuito de finalizar a própria vida, sendo assim considerado uma emergência psiquiátrica. Sua avaliação de risco e de gravidade pode ser feita em níveis ambulatoriais e hospitalares e tem como objetivo encaminhar o paciente para o melhor manejo clínico e terapêutico conforme cada situação.

Avaliação

A avaliação é feita pelo profissional de saúde através de um diálogo direto, pautado em questionamentos voltados, principalmente, para vontade de viver e concepções de morte apresentadas pelo paciente.

São realizadas perguntas características para analisar fatores de risco associados ao quadro como a presença de transtornos psiquiátricos (bipolaridade, esquizofrenia) e doenças doenças degenerativas ou debilitantes, abuso ou dependência de substâncias químicas, experiências traumáticas e estressores (luto, perda de emprego, separação) e falta de apoio social e familiar, assim como analisar também os fatores protetores como suporte emocional e atividades e hobbies valorizados pela pessoa, que ajudam no tratamento. Busca-se, também, sinais de depressão, pois grande parte dos pacientes que tentaram ou pensam no suicídio convivem com estados graves dessa doença. São realizadas escalas de avaliação do estado mental e humor.

Impulsividade, desespero e propósito rígido para o suicídio são fatores agravantes dos riscos e requerem avaliação precoce. Alguns fatores indicam que a pessoa possa ter tendências suicidas como automutilação. É importante saber diferenciar que uma pessoa que pratica a autoflagelação não necessariamente deseja morrer e que esse ponto deve ser investigado.

Posts Relacionados

Pontos fundamentais

As perguntas que são feitas permeiam pontos que levem o profissional a compreender a situação atual do paciente, o quanto este deseja viver, se sente infelicidade ou desesperança, se enxerga sentido na vida, se pensa na morte e com que frequência, se já pensou em tirar a própria vida e se deseja fazer isso. Dentre esses assuntos, dois pontos são fundamentais para identificar a gravidade do risco de suicídio, e esses são: histórico de tentativa prévia de tirar a própria vida e planejamento de cometer o suicídio, principalmente se a pessoa tem acesso a meios que possam reforçar o ato final.

A estratificação do risco é dividida em:

Grave

Quando o paciente já tentou o suicídio, tem pensamentos persistentes de tirar a própria vida e pensa em fazê-lo a curto prazo.

Moderado

Histórico de tentativa, pensamento persistente e planejamento da morte.

Leve

Quando o paciente tem a concepção de morte, mas não fez nenhum planejamento quanto a isso.

Após classificar o paciente em um desses níveis, o psiquiatra inicia a conduta necessária. Pacientes em níveis mais graves, que representam um perigo iminente para a própria vida, têm indicação de internação imediata até que estabilize-se o quadro. Já os que apresentam níveis mais leves podem receber tratamento na atenção básica.

Tratamento 

O tratamento é feito com a mescla do uso de medicamentos (antidepressivos, antipsicóticos, ansiolíticos) e monitoramento direto, uma vez que esses medicamentos costumam começar a fazer efeitos em uma média de duas semanas, e consultas regulares com psiquiatra e psicoterapeuta. As consultas têm periodicidade conforme a gravidade do paciente e é estabelecida pelos profissionais atuantes no caso.

receba noticias em seu email todo mes 300x163

Relação de confiança

É muito importante que exista uma relação de confiança entre o paciente, a família e os profissionais envolvidos, além de um diálogo bem direto quanto ao assunto. Diferentemente do que muitos pensam, falar sobre suicídio não incentiva que a pessoa o cometa, e sim permite que o indivíduo que pensa nisso sinta-se à vontade para falar sobre suas ansiedades, inseguranças e sentimentos. O que é fundamental para adesão e sucesso do tratamento. Por isso é muito importante acolher essa pessoa, assim como ouvi-la com empatia e atenção.

Apoio familiar

O apoio familiar e social também é muito importante nessas horas, principalmente em relação a  aspectos de motivação e valorização. Fatores protetores que ajudam a manter o contato da pessoa com a vida e ajude-a a encontrar sentido em viver representam uma peça-chave no tratamento. Incentivar o paciente a voltar a fazer atividades que lhe dão prazer ou valorizar hobbies que o façam bem, ajuda a pessoa a reencontrar a vontade de viver. Lembrando-se sempre de respeitar as limitações de cada um, evitando forçar situações de maneira bruscas e sem carregar julgamentos.

Clínica Marcelo Parazzi

Além de se fundamentar na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e oferecer todo o tratamento tradicional por meio de psiquiatras, psicólogos e psicanalistas para tratar ansiedade, depressão e outros transtornos, a Clínica Marcelo Parazzi também dispõe de Terapia Holística, que desenvolve estratégias terapêuticas como Reiki, Yoga, Meditação, Constelação Familiar e Mindfulness (Consciência plena), para auxiliar no alcance de melhores resultados nos tratamentos dos pacientes, que são, comprovadamente, grandes aliados na recuperação desses indivíduos.

Estamos à disposição para auxiliar com a Terapia à Distância, realizando atendimento inclusive para pessoas que residem fora do país.

Agende sua primeira consulta.

 

 

Se você já sofreu ou conhece alguém que sofre com essas condições, entre em contato conosco, nós podemos ajudar!

 

ARTIGOS RELACIONADOS

Suicídio: como entender os motivos e lidar com o fato

Setembro é o mês de conscientização à prevenção. Setembro é o mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio.  Desde 2015, existe a Campanha […]

Continuar Lendo