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Causas do estresse, consequências e como mudar essa história

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Causas do estresse, consequências e como mudar essa história

Escutamos a palavra “estresse” o tempo todo: no trabalho, em casa, nas notícias, e até nas conversas entre amigos. Parece que o mundo todo está vivendo sob pressão constante. Mas será que isso é normal?

Embora, para muita gente, o estresse tenha se tornado uma parte rotineira da vida moderna, ele não deve ser ignorado, pois seus efeitos podem ir muito além do simples esforço momentâneo ou do cansaço.

Especialmente quando acumulado, o estresse pode afetar profundamente a nossa saúde, tanto física quanto mental, e transformar a forma como lidamos com os desafios do dia a dia.

Mas a boa notícia é que, mesmo sendo tão presente, ele pode ser controlado. Entretanto, é importante saber as causas do estresse para reverter essa situação e viver de forma mais saudável e equilibrada.

 

Estresse: uma presença constante

O ritmo acelerado, as cobranças e as expectativas, tanto de nós mesmos quanto das pessoas ao nosso redor, muitas vezes são altas demais. É natural sentir-se pressionado.

No entanto, o que antes poderia ser uma resposta passageira a uma situação específica, hoje parece estar presente de forma contínua. O estresse intrínseco virou quase um “novo normal”, o que o torna bastante preocupante.

De acordo com o relatório global “World Mental Health Day 2024“ divulgado pelo Instituto Ipsos, o Brasil é o quarto país mais estressado do mundo.

Globalmente, a maioria das pessoas tem se sentido estressada. Mais de três em cada cinco pessoas (62%), em média, em 31 países, afirmam ter se sentido tão estressadas que isso impactou sua vida diária pelo menos uma vez.

Muitas vezes, aceitamos essa pressão constante, sem perceber que estamos nos machucando aos poucos. Mas é importante lembrar que, embora o estresse seja parte da vida, ele não precisa nos dominar.

 

Causas do estresse

As causas do estresse estão relacionadas a inúmeras situações ou circunstâncias, e cada pessoa tem seus gatilhos próprios. Ou seja, o que para alguns é uma preocupação pequena, para outros pode ser uma grande fonte de estresse.

No entanto, existem algumas razões mais comuns, e que afetam a maioria das pessoas:

 

Pressão no trabalho 

Prazos apertados, responsabilidades que não param de crescer e ambientes competitivos podem tornar o trabalho uma grande fonte de estresse.

A busca incessante por resultados e o medo de falhar são um fardo que sobrecarrega.

 

Problemas financeiros

Lidar com as contas do mês, dívidas e inseguranças financeiras é uma das significativas causas do estresse para muitas pessoas.

A incerteza quanto ao futuro gera uma preocupação constante que consome as energias.

 

Relacionamentos 

Conflitos familiares ou amorosos, a criação de filhos, ou mesmo a tarefa de cuidar de parentes próximos costumam ser desafios emocionais.

As relações são uma fonte de apoio, mas também podem ser uma das grandes causas do estresse.

 

Sobrecarga de informações 

Com a era digital, somos bombardeados por informações o tempo todo, o que pode gerar ansiedade e a sensação de estarmos sempre desatualizados ou, de alguma forma, ficando para trás.

 

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Fases do estresse

Marilda Lipp, uma das maiores especialistas em estresse no Brasil (com quem um de nossos psicólogos, o Marcelo Parazzi, teve a honra de realizar uma de suas pós-graduações), descreve as fases do estresse com base no modelo de Hans Selye, conhecido como a Síndrome Geral de Adaptação. As fases incluem:

  1. Alerta: O corpo se prepara para enfrentar um desafio.
  2. Resistência: O organismo tenta se adaptar ao estressor.
  3. Quase-exaustão: Sinais de cansaço começam a surgir, indicando que o estresse está superando a capacidade de adaptação.
  4. Exaustão: O esgotamento total ocorre, podendo levar a problemas graves de saúde.

Essas fases ajudam a entender como o corpo reage ao estresse em diferentes estágios.

 

1. Fase de alerta

Na primeira fase do estresse, o corpo entra em estado de “luta ou fuga”. Nessa etapa, há uma liberação de hormônios como a adrenalina, que prepara o organismo para enfrentar a ameaça percebida.

É uma resposta imediata e temporária, projetada para ajudar a enfrentar o perigo.

 

2. Fase de resistência

Se o estresse persiste, o corpo entra na fase de resistência. Durante essa fase, o organismo tenta se adaptar ao estressor, mantendo a ativação fisiológica em um nível elevado, mas mais estável.

A pessoa pode sentir que está lidando bem com o estresse, mas o corpo continua a demandar energia para manter esse estado de alerta constante.

 

3.  Fase da quase-exaustão

A quase-exaustão é uma etapa intermediária entre a fase de resistência e a fase de exaustão. Nessa fase, o corpo começa a mostrar sinais mais evidentes de esgotamento, mas ainda tenta manter algum nível de funcionamento normal. 

Sintomas como cansaço constante, irritabilidade, insônia e dificuldade de concentração se tornam mais frequentes. A quase-exaustão é um alerta de que, se o estresse não for gerenciado, o indivíduo pode rapidamente progredir para a fase de exaustão, onde os danos à saúde são mais graves.

 

4. Fase de exaustão

Quando o estresse se prolonga além da capacidade de adaptação do corpo, ocorre a fase de exaustão. Nessa etapa, os recursos do organismo são esgotados, e surgem os sintomas de esgotamento físico e mental.

Problemas de saúde como ansiedade, depressão e doenças crônicas podem se desenvolver.

 

Consequências do estresse

Viver constantemente estressado não é uma condição simples, ou que afeta somente o humor. Uma pessoa com uma carga elevada de estresse vive sob constante alerta, o que pode trazer consequências graves para a saúde física e mental.

Além de enfraquecer o sistema imunológico e aumentar o risco de doenças cardíacas, o estresse elevado gera como resposta do corpo a liberação de hormônios e substâncias como o cortisol, a adrenalina e a norepinefrina.

Esses componentes, mesmo sendo naturais do corpo, quando em desequilíbrio, podem levar ao desenvolvimento de transtornos mentais, como ansiedade e até mesmo depressão.

 

Ansiedade

Por ser um processo de resposta natural do corpo, a ansiedade é, por vezes, mal compreendida. O problema é quando esse processo, que deveria ser uma resposta, acionada mediante estímulos como uma ameaça real, se descontrola por fatores como o estresse.

Quando estamos sob pressão constante, nossa mente permanece em alerta, criando um ciclo de preocupação e medo. Esse estado constante de ansiedade faz com que nos sintamos constantemente esgotados e sem capacidade de relaxar. 

Com o tempo, essa condição se torna tão presente que a ansiedade passa a interferir nas atividades do dia a dia, prejudicando o trabalho, o sono e as relações pessoais.

 

Aumento da pressão arterial

Manter o corpo em constante estado de alerta, como se estivéssemos sempre prontos para enfrentar um perigo iminente, gera um aumento na produção de cortisol e a adrenalina, que elevam os batimentos cardíacos e a pressão arterial.

Se essa situação de estafa se prolongar, pode resultar em hipertensão, que é um fator de risco para doenças graves como infarto e AVC.

 

Insônia

O estresse afeta diretamente a quantidade e a qualidade do nosso sono. Isso porque os níveis de serotonina e melatonina ficam prejudicados pelo estado de alerta que o estresse prolongado gera.

E quando a mente não consegue “desligar”, ou ficamos pensando nos problemas e nas preocupações do dia a dia, é exatamente isso o que acontece, e que dificulta o adormecer. Ainda assim, mesmo quando se consegue pegar no sono, ele pode ser interrompido por despertares constantes.

Contudo, a falta de um sono reparador, além de deixar o raciocínio mais lento e acelerar o processo de envelhecimento, agrava ainda mais os sintomas de estresse, criando um ciclo vicioso e difícil de quebrar.

 

Como diminuir o estresse

Entender as causas do estresse e o seu impacto, são apenas os primeiros passos para saber que existem maneiras de combatê-lo.

Embora não seja possível eliminar todas as fontes de estresse da nossa vida, podemos adotar hábitos que nos ajudem a lidar melhor com ele. Algumas práticas simples podem fazer uma grande diferença!

 

1. Atividade física

O exercício físico é uma das formas mais eficazes de reduzir o estresse. A atividade física libera endorfinas, que são os hormônios responsáveis ​​por melhorar nosso humor e reduzir a sensação de tensão.

Além disso, a prática regular de exercícios melhora a qualidade do sono, dá mais disposição para enfrentar o dia e promove uma sensação geral de bem-estar. Não precisa ser nada muito intenso – uma simples caminhada ou alongamento já pode ajudar.

 

2. Meditação

A meditação é uma excelente ferramenta para regular a mente e reduzir o estresse. Ela nos ensina a focar no presente, deixando de lado as preocupações com o futuro ou as lamentações do passado.

Com a prática regular, a meditação diminui a atividade do sistema nervoso, responsável pela nossa resposta ao estresse, e aumenta nossa sensação de calma e controle sobre a vida.

 

3. Alimentação saudável

Manter uma alimentação equilibrada também é essencial para combater o estresse e afeta diretamente nosso estado emocional e mental.

Alimentos ricos em nutrientes como ômega 3, por exemplo, ajudam o corpo a funcionar melhor, enquanto o consumo excessivo de açúcares e gorduras processadas pode aumentar a sensação de cansaço e irritabilidade.

Comer de forma saudável fortalece o sistema imunológico e melhora a energia, fatores importantes para lidar com os desafios do dia a dia.

 

 4. Valorização dos pequenos progressos

Muitas vezes, o estresse vem da sensação de que nunca estamos fazendo o suficiente. Essa autocrítica constante nos impede de refletir sobre nossos próprios progressos. Celebrar as pequenas conquistas ao longo do caminho é uma forma de aliviar a pressão.

Ao valorizar cada passo, por menor que seja, damos a nós mesmos a chance de enxergar o que já foi feito, o que ajuda a reduzir a frustração e a ansiedade. 

Pequenos momentos de celebração promovem uma pausa mental e nos fazem lembrar de que estamos no caminho certo.

 

5. Apoio profissional

Embora mudanças de hábitos possam ajudar bastante, é importante considerar quando o estresse está além do que podemos lidar sozinhos. Nessas situações, buscar o apoio de um profissional, como um psicólogo ou psiquiatra, é fundamental. 

Um especialista pode ajudar a identificar os gatilhos de estresse e oferecer estratégias personalizadas para lidar com ele. Nesta e em outras questões, a terapia cognitivo – comportamental tem importante papel de auxílio. Além disso, em casos de estresse crônico, o acompanhamento profissional é crucial para evitar que problemas maiores, como depressão ou ansiedade grave, se desenvolvam.

 

O compromisso deve ser cuidar de si

O estresse pode parecer um inimigo invisível que está sempre à espera, mas ele não precisa ser o protagonista de sua vida. Com pequenas mudanças e o compromisso de cuidar de si mesmo, é possível diminuir seus efeitos e evitar que ele cause danos profundos.

Buscar ajuda profissional não é sinal de fraqueza, mas sim de sabedoria. Reconhecer que todos precisam de apoio em algum momento é um passo importante para transformar essa história e viver de forma mais equilibrada e saudável.

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