As redes sociais fazem parte do nosso dia a dia. Elas nos conectam ao mundo em geral, oferecendo uma infinidade de informações, entretenimento e possibilidades de interação.
No entanto, enquanto nos envolvemos com atualizações, curtidas e compartilhamentos, muitas vezes não percebemos os impactos das redes sociais na saúde mental.
O que começa como uma forma de distração ou conexão pode se transformar em uma fonte de estresse, ansiedade e insatisfação.
Essas plataformas foram criadas para aproximar as pessoas, mas a realidade é que elas podem, muitas vezes, causar um efeito contrário a isso, ou mesmo acabar prejudicando nossa saúde mental.
A pressão para estar constantemente conectado, a comparação com vidas aparentemente perfeitas e a exposição a conteúdos negativos podem gerar sentimentos de inadequação, ansiedade e isolamento.
Dessa forma, é importante reconhecer que as redes sociais podem ser tanto uma benção quanto uma maldição, dependendo de como as utilizamos e de como permitimos que elas influenciem nossos pensamentos e comportamentos.
Por isso, é necessário analisar o modo como elas podem nos afetar negativamente, quais são os impactos mais comuns e como podemos usar essas ferramentas de maneira mais consciente para proteger nossa paz e bem-estar.
Saúde mental
Antes de abordar os impactos das redes sociais na saúde mental, é importante entender o que é a saúde mental.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, é um estado de bem-estar vivido pelo indivíduo, que possibilita o desenvolvimento de suas habilidades pessoais para responder aos desafios da vida e contribuir com a comunidade.
A saúde mental refere-se ao bem-estar emocional, psicológico e social de uma pessoa, que afeta o modo como ela pensa, sente e age no dia a dia, além de determinar como lida com o estresse, se relaciona com os outros e toma suas decisões.
Podemos concluir, então, que o conceito vai muito além da ausência de doenças mentais, abrangendo o fato de se estar bem consigo mesmo e com os outros.
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Excesso de tempo conectado
Estudos recentes apontam que os brasileiros estão entre os campeões de uso da internet, especialmente quando o assunto é o tempo de permanência nas redes sociais. De acordo com o relatório “Digital in 2022: Brazil”, da Hootsuite e We Are Social, em 2022, os brasileiros passaram por dia quase 4 horas nas redes sociais.
No entanto, esses indivíduos raramente sabem utilizar essas ferramentas de maneira benéfica e também não se dão conta dos danos ocasionados por cometerem esses excessos.
É necessário ter uma atenção maior aos efeitos que a internet pode acarretar à saúde mental dos indivíduos.
Impactos das redes sociais na saúde mental
Embora possam oferecer muitos benefícios, como conexão e acesso imediato à informação, as redes sociais também podem trazer desafios e impactos significativos para a saúde mental.
Ansiedade
A ansiedade é uma das questões mais comuns relacionadas ao uso excessivo de redes sociais.
A necessidade de estar sempre atualizado e o medo de perder algo importante, este último denominado síndrome de FOMO, ou “Fear of Missing Out”, são fatores que podem aumentar os níveis de ansiedade.
Além disso, as redes sociais podem desencadear sentimentos de insegurança e preocupação, especialmente quando vemos postagens que nos fazem sentir inadequados ou menos bem-sucedidos em comparação aos outros.
Esse tipo de comparação constante pode gerar frustração, além de uma ansiedade crônica, que afeta o sono, a concentração e o bem-estar geral.
Depressão
O uso intensivo das redes sociais também está associado a sintomas de depressão, especialmente entre adolescentes e jovens adultos.
O ambiente onde as pessoas compartilham apenas os aspectos mais positivos de suas vidas pode levar a uma percepção distorcida da realidade. Comparar-se continuamente com essas representações idealizadas pode resultar em sentimentos de inferioridade, tristeza e desesperança.
Além disso, a exposição a comentários e conteúdos negativos pode contribuir para o desenvolvimento ou agravamento de transtornos depressivos.
A falta de interações sociais significativas e a substituição do contato face a face pelo virtual também podem intensificar sentimentos de solidão e isolamento, ambos fatores de risco para a depressão.
Sofrimento por uma perfeição irreal
As redes sociais frequentemente promovem um ideal de perfeição inatingível, seja na aparência física, estilo de vida ou realizações profissionais. A pressão para atingir esses padrões irreais pode ser devastadora para a autoestima.
Essa busca incessante pela perfeição pode se manifestar de várias formas, como transtornos alimentares e fobia social.
É comum que pessoas sintam a necessidade de mostrar uma versão idealizada de si mesmas nas redes sociais, o que alimenta um ciclo de validação externa e autocrítica.
Sedentarismo
O tempo excessivo gasto nas redes sociais pode levar ao sedentarismo, um fator de risco para diversas condições de saúde mental e física.
A inatividade física pode contribuir para o desenvolvimento de problemas como ansiedade e depressão, já que a atividade física é conhecida por liberar endorfinas, que são hormônios que promovem a sensação de bem-estar.
Além disso, o sedentarismo pode contribuir para problemas de sono, aumento de peso e uma sensação geral de apatia.
Quando a maior parte do tempo livre é gasto em frente a uma tela, isso também reduz as oportunidades de interação social face a face, atividades ao ar livre e outras práticas que são fundamentais para a manutenção da saúde mental.
Sensação de isolamento
Embora as redes sociais tenham sido criadas para conectar pessoas, o uso excessivo delas pode, paradoxalmente, aumentar a sensação de isolamento. A comunicação digital, embora conveniente, não substitui o calor das interações presenciais e o contato humano genuíno.
Essa desconexão pode levar a um ciclo de solidão e retraimento, onde a pessoa se afasta ainda mais das interações sociais reais, aprofundando o sentimento de isolamento.
Cobrança por resultados
Dentre os impactos das redes sociais na saúde mental está a constante cobrança por resultados, ou pressão pela produtividade. Há uma ênfase na realização constante, seja na carreira, nos estudos ou em projetos pessoais.
A exposição a esse tipo de conteúdo pode gerar a sensação de que nunca estamos fazendo o suficiente, o que pode levar ao esgotamento mental e à exaustão.
Dicas para usar as redes sociais sem prejudicar a saúde
Apesar dos potenciais impactos negativos, é possível usar as redes sociais de maneira que promova o bem-estar mental.
Estabelecer limites claros para o tempo gasto nas redes sociais é um primeiro passo importante. Usar aplicativos que monitoram o tempo de tela pode ajudar a manter o uso sob controle e evitar o consumo excessivo.
Outra estratégia eficaz é a curadoria do conteúdo que você consome. Seguir perfis que promovem positividade, autoconhecimento e bem-estar pode melhorar sua experiência nas redes sociais. Da mesma forma, deixar de seguir ou silenciar contas que geram sentimentos negativos ou ansiedade pode proteger sua saúde mental.
Também é importante lembrar-se de se desconectar regularmente e dedicar tempo a atividades que promovam o bem-estar, como leitura, exercícios físicos, hobbies ou passar tempo com amigos e familiares.
A importância de uma ajuda profissional
Reconhecer quando as redes sociais estão afetando negativamente sua saúde mental é essencial.
Se você percebe que o uso das redes está levando a sentimentos persistentes de tristeza, ansiedade, isolamento ou baixa autoestima, é importante buscar ajuda profissional.
Clínica Marcelo Parazzi
Se você ou alguém que você conhece está lutando contra os impactos das redes sociais na saúde mental, a nossa clínica pode ajudar.
Nossa abordagem combina Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), por meio de tratamentos tradicionais com psiquiatras, psicólogos e psicanalistas, e terapias complementares que comprovadamente auxiliam nos resultados do tratamento.
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